Aqui fica o meu relato pelas duas mais emblemáticas e pitorescas cidades Polacas.
- VARSÓVIA
- CRACÓVIA
- Como visitar Auschwitz
- Como visitar as Minas de Sal de Wieliczka e Fábrica Oscar Schindler
VARSÓVIA
Existem dois aeroportos principais em Varsóvia, Modlin situado a norte a cerca de 40km do centro da capital polaca, e o aeroporto de Frédérikc Chopin, em plena cidade mas a cerca de 20km do centro (Palácio da Cultura e da Ciência). De Portugal existem voos diretos (Ryanair), tanto de Lisboa como do Porto, para a capital Polaca.
Como um bom viajante que sou, a primeira coisa que tive de definir foi onde ficar alojado e como realizar o transfere para o centro da capital. Como voei para Modlin, as minhas alternativas de transfere eram:
– Autocarro, prático, rápido e direto, demora cerca de 55 minutos, o bilhete pode ser comprado online (certifique-se que compra o bilhete flexível para poder alterar o horário em caso de atraso no seu voo), no aeroporto “Modlin – quiosque” ou no voo da Ryanair ou ainda diretamente ao condutor. Ao comprar online, o mesmo fica sempre mais económico. O preço do bilhete oscila entre os 2€ e os 9€. A paragem na cidade situa-se em frente ao Palácio da Cultura e da Ciência.
– Comboio, ligeiramente mais demorado e complicado de realizar, pois temos de apanhar um autocarro do aeroporto para a estação de Modlin e daí seguir diretamente para Varsóvia Central. O comboio demora 40 minutos e o autocarro cerca de 10 minutos. Preço do bilhete cerca de 4€. Link.
– Táxi, existem duas companhias de táxi e ambas praticam o mesmo preço. Uma viagem para o centro demora cerca de 40 minutos e tem um custo aproximado de 40€.
A minha opção acabou por ser… nenhuma destas, pois como viajava em grupo de 6 pessoas, acabamos por contratar um transfere pela Shuttle24, com um custo de 180zl, cerca de 42€.
Quanto ao aeroporto Frédérikc Chopin, os transferes são rigorosamente os mesmos, comboio, autocarro e táxi. É de salientar que tanto o comboio como o autocarro fazem ligações diretas entre ambos os aeroportos.
Na capital polaca, fiquei alojado duas noites no Metropol Hotel, em frente ao Palácio da Cultura e a 200 metros da estação central (Warszawa Centralna). Escolhi esta localização para não ter de realizar transferes, poupar tempo e dinheiro na hora de rumar de comboio a Cracóvia.
Passei dois dias nesta incrível cidade, onde o tumultuoso passado, a quase destruição total nos finais da segunda guerra mundial e os fragmentos que sobreviveram são agora preservados e fundidos com o presente.
Comecei por visitar o diamante do período soviético, o Palácio da Cultura e da Ciência, construído na década de cinquenta, inicialmente chamado Palácio da Cultura e da Ciência de Joseph Stalin, é o edifício mais alto da Polónia. As vistas são simplesmente abismais.
Visitei o Jardim Saski, onde apreciei o render de armas ao soldado desconhecido, e de seguida, já em pleno centro da cidade velha, envolto nas suas muralhas, visitei a jóia da coroa Polaca, o Castelo Real de Varsóvia.
Castelo Real de Varsóvia
Se todos os caminhos vão dar à cidade velha, Nowy swiat e Krakowskie Przedmiescie são o percurso de eleição para essa caminhada. Lojas, restaurantes, museus fazem parte do menu, ao som de Chopin tocado pelos ilustres bancos musicais espalhados pelas ruas.
Visitei ainda o museu Frédéric Chopin, o Museu Marie Curie, Centro de Ciências Copérnico e o Museu do Exército (este último grátis).
Museu Frédéric Chopin
Se tiver tempo, não deixe de dar um pequeno salto ao Parque Lazienki.
Ao final do segundo dia era tempo de apanhar o comboio para Cracóvia.
O bilhete custou 18€ por pessoa, demorou 1 hora e 15 minutos até à estação KraKów Glówny, em pleno centro da cidade de Cracóvia.
CRACÓVIA
Catedral e Palácio de Wawel
Fiquei alojado quatro noites no Ibis a escassos metros da estação (KraKów Glówny), novamente com o intuito de poupar tempo e dinheiro, pois todos os locais que pretendia visitar fora da cidade (Auschwitz e Wieliczka – Minas de Sal) os transferes eram realizados na zona da estação.
Cidade cosmopolita, Cracóvia é hoje sinónimo de glamour e lazer. Poupada em grande parte à destruição nazi, no final da segunda guerra mundial, o seu património engloba edifícios antigos, inúmeras obras de arte, dezenas de igrejas e museus. O expoente máximo da cidade situa-se em torno da primorosa cidade velha, que é hoje Património Mundial da Unesco.
Reservei o primeiro dia para visitar a antiga capital real da Polónia, onde harmoniosamente se fundem tempos medievais com tempos modernos. Apetrechada de diferentes estilos arquitetónicos, a cidade não desaponta o mais exigente dos visitantes, do maior retábulo do mundo no interior escuro da Basílica de Santa Maria à Catedral onde se encontram sepultados reis, poetas e heróis nacionais.
Comecei por cruzar o Barbican (guarita de tijolo defensiva) e o portão de São Floriano em direção à praça central, onde visitei a Basílica e o Mercado. Seguiu-se a Igreja dos Santos Pedro e Paulo, desci em direção ao Rio Vístula e terminei a manhã na catedral e Palácio de Wawel.
Junto ao rio, não deixe de observar o Dragão de Wawel cuspir fogo.
Terminei o dia a percorrer as ruas do bairro judeu e a visitar galerias de arte.
Como visitar Auschwitz
No segundo dia rumei a Auschwitz
Situado a 70km de Cracóvia, Auschwitz-Birkenau é hoje um fenómeno de visitas em massa. Para uns representa uma homenagem às vítimas do Holocausto, para outros, uma visita a um local marcante da história.
Auschwitz é composto por dois locais: KL Auschwitz (Auschwitz I), agora museu e local da celebre inscrição “Arbeit Macht Frei”; e BirKenau (Auschwitz II) dormitórios e campo de extermínio (crematórios e câmaras de gás).
Para uma boa perceção do local, as visitas começam por Auschwitz I, onde munido do seu bilhete deverá ir para a correspondente fila de entrada 5 minutos antes. Alerto que não são autorizadas mochilas nem carteiras de qualquer tipo no recinto. Assim, deverá antes de ir para a fila depositar os seus pertences num dos muitos cacifos existentes no local.
Quando terminar a visita, apanhe o autocarro grátis para Auschwitz II.
Se depois de ler as seguintes linhas optar por visitar Auschwitz por sua conta, não se esqueça, terá de comprar com antecedência os bilhetes online.
Na compra do bilhete online pode optar pelo bilhete sem custo e sem guia “Tour for individuals without an educator”, ou pagar 70zlt com guia.
Existem quatro maneiras de visitar o local:
1 – Online ou diretamente no hotel poderá reservar um tour (visita guiada) ou transfere (ida e volta) com valores acima dos 15€ por pessoa, o qual aconselho principalmente para quem viaja na época do verão.
2 – Contratar um táxi e regatear o preço, não esquecendo o número de horas que irá necessitar para visitar os dois locais, cerca de 5 horas.
3 – Comboio, o qual considero que seja o mais fácil e económico, são cerca de duas horas para cada lado. Terá de apanhar o comboio na estação KraKów Glówny, comprar o bilhete para Oswiecim. Tem um custo aproximado de 2€ por pessoa em cada sentido. Após desembarcar na estação Oswiecim, terá de andar cerca de 1,6km até à entrada principal de KL Auschwitz (Auschwitz I). Link.
4 – Autocarro, o qual é uma verdadeira aventura. Para apanhar o autocarro deverá entrar na estação KraKów Glówny, pela rua Pawia. Como existem múltiplas entras no local procure a fachada e portas de vidro com as inscrições “Galeria Krakowska” e “PKP KraKów Glówny”. Entre na galeria, desça as escadas, vá sempre em frente até às escadas do lado oposto, suba as mesmas e do seu lado direito aparece a zona dos autocarros. Dirija-se à bilheteira e compre um bilhete ida e volta para Auschwitz.
Os autocarros públicos que fazem aquela rota são pequenos (levam cerca de 30 passageiros) o que facilmente esgota. O seu bilhete indicara uma hora de saída e uma hora a que deverá regressar. Pode dar-se o caso de ao comprar o bilhete somente conseguir o mesmo para passado algumas horas, pois a afluência é grande. Sugiro que, se possível, compre o bilhete no dia anterior e assim poderá escolher a hora a que pretende ir. A hora de regresso está impressa no bilhete (não pode escolher). Depois de visitar Auschwitz, nova aventura para apanhar o autocarro de regresso. Apesar de estar impresso no bilhete a hora, normalmente na paragem acumulam-se diversos turistas com horários diferentes, mas todos querendo entrar no mesmo. Como o autocarro é pequeno, prepare-se para uma feroz batalha por um lugar.
Como visitar as Minas de Sal de Wieliczka e Fábrica Schindler
Já o terceiro dia foi reservado para visitar as Minas e a Fábrica.
Situadas a 13km do centro de Cracóvia, as Minas são um dos locais de visita obrigatória.
Existem várias maneiras de aceder à cidade de Wieliczka e às suas fabulosas Minas de Sal:
– De Autocarro, deverá apanhar o 304 na Rua Ogrodowa, em frente à estação central (KraKów Glówny). A viagem demora cerca de 40 minutos, após os quais deverá sair na paragem Wieliczka kopalnia Soli, pois é a que fica mais perto da entrada das Minas. Para regressar é somente apanhar o autocarro no mesmo local, no sentido oposto.
– De comboio, que é a escolha mais eficiente, demora cerca de 23 minutos, sai da estação KraKów Glówny e termina a marcha às portas das Minas de Sal.
Poderá sempre combinar o comboio com o autocarro.
Site oficial das Minas de Sal de Wieliczka, onde poderá adquirir os bilhetes.
Na compra do bilhete terá de optar por escolher uma das duas rotas sugeridas, a Rota Turística ou a Rota Mineira. Qualquer uma é uma escolha acertada, contudo, a rota turística permite-nos ter uma experiência mais abrangente do local.
São 3km de sinuosas galerias, uma descida com 800 degraus para visitar belas estruturas esculpidas em sal, a qual inclui a Capela de St. Kinga, bem como incríveis lagos subterrâneos.
No regresso a Cracóvia, opte pelo comboio e saia na estação KraKów Zablocie (sétima paragem) para visitar a Fabrica Óscar Schindler, fica a escassos metros da estação.
Conseguir bilhetes online para visitar a Fábrica Schindler, é tarefa quase impossível, derivado aos grandes lobbies económicos instalados por detrás do sector turístico no local. Se não conseguir comprar os bilhetes online tem duas soluções, tentar contactar o museu por email: info@muzeumkrakowa.pl, info@mhk.pl, ou ceder aos lobbies e comprar um tour que inclua a visita à Fábrica.
Para regressar ao centro da cidade de Cracóvia, siga para a praça Bohaterów (Jewish Ghetto Memorial), daí atravesse o Rio Vístula pela ponte Powstancow Slaskich e está de novo no Bairro Judeu.
Nada como terminar a noite na Praça Central, a provar uns petiscos locais, acompanhado, claro está, pela tradicional Vodka.
Como o que é bom acaba depressa, era já tempo de regressar a Portugal, apanhar o comboio Balice Ekspres, na estação KraKów Glówny, com destino ao aeroporto João Paulo Segundo, num trajeto que demorou cerca de 20 minutos e custou 9 Zlt, cerca de 2€. Existe ainda a possibilidade de ligar o centro da cidade ao aeroporto pelos autocarros, nºs 208, 252 e 902 ou de Táxi, com um custo aproximado de 100 Zlt (23€).