Roteiros

As majestosas Victoria Falls

Cataratas vitoria vistas de cima

Tudo o que necessitas saber para poderes visitar as maravilhosas Cataratas Vitória.

País: Zâmbia e Zimbábue

Cidade: Livingstone e Victoria Falls

Local: Parque Nacional de Victoria Falls e Parque Nacional de Mosi-oa-Tunya

Rio: Zambeze  

Comprimento das Cataratas: 1,5Km

Altura Máxima das Cataratas: 108m

Património Mundial da UNESCO, e uma das 7 Maravilhas naturais, é a maior cortina horizontal de água em cascata do mundo. Também conhecidas como “Mosi oa-Tunya”, ou seja, a fumaça que troveja, estão posicionadas a meio do percurso do poderoso rio Zambeze.

O rio Zambeze tem ainda a particularidade de estabelecer a fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabué ao longo de cerca de 1000 km.

As Cataratas podem ser observadas e visitadas em ambos os lados da fronteira.

Horário da Fronteira:

Curiosidades: Como estamos numa zona fronteiriça, para simplificar, os habitantes locais utilizam a terminologia Zim e Zam para os dois lados das Cataratas Victoria, onde Zim é o lado de Zimbabué e Zam o lado da Zâmbia. Assim, em muito lugares somente lemos Zim-Zam para se referir a estes locais.

1 – Ponto de observação das Cataratas do lado do Zimbabué

2 – Ponto de Observação das Cataratas do lado da Zâmbia

O primeiro Europeu a comtemplar as Cataratas Victoria foi o Inglês David Livingstone, que posteriormente lhe atribuiu nome, homenageando assim a sua Rainha Victoria.  

A ponte que cruza o rio Zambeze, e que faz ligação entre os dois países, foi mandada construir por Cecil John Rhodes, como parte da sua grande visão que era ligar a cidade do cabo na África do Sul ao Cairo no Egipto por comboio. Com instruções específicas do local a ser implementada, a ponte das cataratas victoria, foi concluída em 1905, culminando assim com a ligação dos dois países e permitindo a todos os viajantes que por ali cruzassem o rio de comboio tivessem uma experiência visual inesquecível.

COMO SE DESLOCAR PARA AS CATARATAS VITORIA (VICTORIA FALLS)

Como já deu para perceber, temos duas possibilidades para contemplar as cataratas Vitória: do lado da Zâmbia temos Livingstone como cidade mais próxima; enquanto do lado do Zimbabué temos a cidade de Victoria Falls.

Aqui ficam as informações necessárias para as duas situações:

Zâmbia

Se está em Lusaka (capital) e pretende visitar as cataratas vitoria tem 4 opções para fazer a ligação de 500km:

1 – Fazer um voo de ligação Lusaka (LUN – Aeroporto Internacional) – Livingstone (Aeroporto Harry Mwanga Nkumbula), este está situado a 6km do centro da cidade e a 15km das Cataratas Vitoria. O voo tem um custo aproximado de 240€ e demora cerca de 1h10.

2- Autocarro que é sempre a opção mais económica, são cerca de 15€ por pessoa (os locais pagam menos) e demora em média 8 a 9 horas, com uma paragem para esticar as pernas. Em Lusaka poderá apanhar o autocarro no “Inter-city Bus Terminus”, ao lado da estação de comboios central. Em Livingstone o terminal de autocarros é ao fundo da rua Zambezi, bem no centro da cidade.

3 – O Comboio é outra das opções. Contudo o percurso demora em média 18h, mas não deixa de ser menos atrativo, pois acaba por conviver um pouco com as pessoas e conhecer a cultura local.  Horário dos comboios

4 – Poderá sempre contratar um transfere para realizar o percurso. O preço rondará os 150€-200€

Zimbabué

O aeroporto internacional de Victoria Falls, muito mais concorrido que o seu congénere de Livingstone, recebe voos internacionais provenientes de vários pontos do globo.

Dentro do território do Zimbabué os pontos de ligação a Victoria Falls são feitos por Harare (Capital) que possui voos diretos, e de Bulawayo com voos com escala em outros aeroportos vizinhos antes de aterrar em Victoria. 

Contudo, para quem está em Bulawayo existe sempre a possibilidade de realizar a ligação noturna de comboio. São 12$ + 4$ (cobertor) por pessoa, com saída todos os dias às 19h30 e chegada a Victoria Falls no outro dia à hora de almoço, perto das 13h00. 

QUAL LADO DAS CATARATAS VISITAR, ZIM OU ZAM?

A resposta é simples, o lado do “ZIM” Zimbabué (cidade de Victoria Falls).

Porque tem a área com maior frente das cataratas, onde poderá circular entre diversos pontos de observação e testemunhar a verdadeira força da natureza. A entrada custa 30$ e é aconselhável levar impermeável.

Quanto ao lado da Zâmbia, a entrada para as cataratas tem um custo mais apetecível, 20$, contudo os pontos de observação são menores. Mas que fique bem esclarecido: consegue observar as cataratas quase na sua totalidade, mas apenas de um só ângulo.  

ONDE FICAR ALOJADO

Independentemente do lado que escolha, não deixe nunca de visitar os dois lados das cataratas, para ter uma experiência abrangente do local.

Desde grandes hotéis familiares, pousadas, vilas, bungalows a alojamentos íntimos perfeitos para uma lua de mel, tudo está plantado em redor das margens cénicas do rio Zambeze.

Se o lado do Zimbabué oferece chalés e hotéis estilo colonial (forte presença britânica), já o lado da Zâmbia aprimora a oferta com chalés e suites luxuosas.

Mas uma coisa é certa, existem alojamentos com boa relação custo-benefício para todos os preços. Desde uma simples acomodação em tenda a custar 15€ até a uma simples noite num hotel de cinco estrelas a custar 500€.    

ZÂMBIA – Deste lado da fronteira é onde provavelmente encontrará mais oferta de alojamento a preços mais atrativos.

A zona da cidade de Livingstone proporciona uma agradável estadia para quem não “nada” em dinheiro, com boas infraestruturas e bons serviços, desde cafés a restaurantes, mercados, lojas, sempre com preços “aceitáveis”. Até tem um museu!

O único senão, é que para aceder à zona das cataratas terá sempre de utilizar carro, pois as mesmas ficam a cerca de 10km da cidade. Poderá também realizar o percurso de bicicleta ou então desembolsar em média por viagem 10$ para o táxi.

ZIMBABUÉ – É o lado da fronteira onde as coisas são mais dispendiosas. A vantagem de ficar hospedado na cidade Victoria Falls, é que facilmente e a pé consegue chegar à zona das cataratas.

Quanto a serviços, tem de tudo um pouco, uma variada oferta de restaurantes e cafés, supermercados e até minicentros comerciais.

QUAL A MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR

Todas as épocas são boas para visitar as cataratas vitoria. É um destino para todo o ano, com cada estação a proporcionar algo de diferente que fica impresso na nossa retina.

Fevereiro a Maio, é a altura apoteótica das mesmas. O nível de caudal está no ponto máximo, o que nos proporciona uma subcarga sensorial, o espetacular trovão da queda das águas. Em novembro começam a sentir-se as primeiras chuvas na região, e com o avançar dos meses o caudal do rio Zambeze atinge o seu ponto mais alto, absorvendo as águas provenientes dos seus afluentes na região angolana. O Zambeze não termina o seu percurso no mar sem passar pela nossa conhecida Cahora Bassa (Barragem em Moçambique).

Estação mais seca: Agosto, Setembro, Outubro e grande parte do mês de Novembro, é quando o nível das águas das cataratas está mais baixo, altura propícia para conseguir contemplar o arco-íris e as formações geológicas das quedas na sua forma mais pura. 

Para atividades como safaris aconselha-se os meses de Junho a Novembro, altura em que a vegetação está em processo de secagem e é mais fácil avistarmos os animais.

Já para atividades no rio como rafting ou um mergulho na famosa Devil´s Pool, terá de optar pelas estações ainda mais secas, meses de Setembro a Novembro.  

A altura de maior afluência às cataratas são os meses de Maio a Setembro, meses estes que coincidem com as férias das populações do hemisfério norte

Quanto a temperaturas, os meses mais quentes vão de Setembro a Novembro, com temperaturas a chegarem perto dos 40 graus. Já de Dezembro a Abril, que coincide com a época das chuvas, as temperaturas rondam os 30 graus e o clima é mais húmido. Nos restantes meses, temos temperaturas na ordem dos 25 graus.

Em resumo: Pela minha experiência, a melhor altura para abrir os cordões à bolsa e ir contemplar a “fumaça que troveja” é, sem sombra de dúvida, entre os meses de Junho e Setembro. Nessa altura consegue olhar as cataratas sem muito vapor de água ou seja ocorre menos pulverização; consegue ainda realizar algumas atividades mais radicais, pois o rio não está com muita caudal e ainda, se for dos afortunados que faz umas passagens aéreas pelo local, conseguirá absorver todo o seu esplendor. 

O QUE VER e FAZER

Considerada a capital da aventura, as cataratas vitória têm muito para oferecer a todos os que a visitam.

Para começar, temos então, além de poder passear e contemplar as cataratas em terra, existe sempre a possibilidade de as contemplar pelo ar, de helicóptero ou de ultraleve.

Podemos também deslizar pelas águas do Zambeze de canoa, barco ou até mesmo de jangada. Rafting, slide, bridge slide e bungee jumping da Ponte Victoria são mais algumas das ofertas presentes no local.

E quem nunca ouviu falar da piscina do diabo (Devil’s Pool)? Para os mais corajosos um mergulho nesta poça é extremamente vigorante. Situada na borda da queda das cataratas em plena zona de precipício, onde nos esperam 100 vertiginosos metros de queda.     

Mas claro… os safaris não estão esquecidos! Tanto do lado da Zim como Zam, é possível percorrer as vastas savanas africanas no encalce dos Big 5.

Pular no dorso de um elefante ou mergulhar numa gaiola para comtemplar crocodilos são algumas das atividades que podemos ainda realizar.

Ao crepúsculo, é ver os turistas a rumarem aos pequenos portos fluviais para a bordo de pequenas embarcações contemplarem o pôr do sol e saborearem um fabuloso jantar.   

Contudo, os preços das atividades são pouco convidativos, pois uma qualquer atividade chega a custar centenas e centenas de dólares.

Para aguçar mais o consumismo, os operadores locais fazem “combinados”. Prometem vários descontos de dólares na compra de um pacote que inclua duas ou mais atividades. Assim, para quem tiver disponibilidade monetária, faça favor, é sempre a gastar!

Por último, a atividade que não pode faltar (para quem tiver dinheiro e disponibilidade), o tradicional passeio de comboio a vapor com o final apoteótico na ponte Victoria Falls. Com preços a rondar os 190$ por pessoa, coquetéis e jantar incluído, onde é recriado todo o esplendor colonial britânico, numa pequena viagem para disfrutar de um diferente pôr do sol africano.

A atividade poderá ser realizada em ambos os lados da fronteira. Às terças e sextas o comboio parte de da estação Victoria Falls (Zimbabué). Às quartas e sábados da estação de Livingstone (Zâmbia).  

MOEDA $$$$$$$$

Considero esta informação vital para quem visita a zona.

Do lado da cidade de Victoria Falls (Zimbabué), somente é aceite como moeda os dólares americanos, que por sua vez valem cerca de 400 vezes mais que o dólar do Zimbabué. A moeda local não é transacionável, tal é a sua desvalorização face ao dólar.

Em outros locais, como Bulawayo e Harare (capital), é possível ao comum visitante aceder aos tais dólares do Zimbabué. Contudo, existe um grande problema, se tentarem cambiar dinheiro num qualquer banco, a taxa de cambio que esse mesmo banco vai utilizar, será igual à taxa de cambio de dólares americanos, ou seja, se quiser trocar $100 dólares americanos, o banco vai entregar-lhe, em vez de 40.000 dólares do Zimbabué, apenas 100 dólares do Zimbabué. São inteligentes, não são?

Mas… porque existe sempre um mas… existe maneira de conseguir obter mais dinheiro pelos seus dólares americanos… chama-se “mercado negro”. Para isso, terá de deslocar-se ao mercado negro local e tentar transacionar os seus dólares americanos por dólares locais com o máximo de rentabilidade.  Se quiser saber mais sobre este negócio, fale comigo 😊.

Para que fique bem claro, em Victoria Falls somente pode adquirir ou realizar qualquer transação em dólares americanos.

Já no lado da Zâmbia (Livingstone), a moeda local, o Kwacha Zambiense, é aceite como moeda de troca sem restrições ou qualquer artimanha.  Contudo, os locais preferem também eles os dólares americanos 😊. Caixas ATM, bancos ou casas de cambio, podem ser utilizadas para realizar tais transações.

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